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Mercado brasileiro de apostas on-line atrai gigantes globais (Bloomberg/O Globo)

Imprensa ANJL • abr. 04, 2024

Mercado brasileiro de apostas on-line atrai gigantes globais

Vivendo um boom de apostas esportivas via internet, o Brasil é um dos dez maiores mercados do planeta, com receita equivalente à de países com tradição em jogos, como Espanha e Holanda. Com isso, gigantes globais como a DraftKings, pioneira em jogos on-line, e a MGM Resorts International, dona de hotéis e cassinos, avaliam entrar no mercado brasileiro, depois da aprovação, em 2023, de uma nova legislação para o setor.


A americana DraftKings está entre as mais de 130 empresas que manifestaram interesse prévio em uma licença brasileira, de acordo com o Ministério da Fazenda. A lista também inclui a MGM e a Hard Rock International.


"Estamos empolgados em ver o Brasil aprovar a legislação de jogos on-line, e como uma das mais de cem empresas que apresentaram manifestações de interesse, continuamos a explorar o potencial de expansão para o Brasil no futuro", disse Griffin Finan, vice-presidente sênior e advogado-geral adjunto da DraftKings, em comunicado por email.


A MGM confirmou seu interesse no Brasil em fevereiro, quando o CEO Bill Hornbuckle disse durante uma teleconferência que a operadora de cassinos, sediada em Las Vegas, planeja examinar uma parceria em empreendimento conjunto no país.


No ano passado, o governo aprovou um novo marco regulatório para o setor, que cria taxas de licenciamento e regulamenta a cobrança de impostos. A nova lei exige que as empresas paguem até R$ 30 milhões por uma licença que pode precisarser renovada a cada cinco anos, dependendo das análises do Ministério da Fazenda. A lei prevê ainda um imposto de 12% sobre as receitas brutas de jogos.

— Tem muita gente séria que não conseguirá pagar por essa licença — diz Darwin Henrique, CEO da Esportes da Sorte, empresa de jogos on-line que atualmente opera no Brasil.


Popularidade


Famoso no exterior por sua paixão pelo futebol, o Brasil emergiu como um mercado cada vez mais atraente para ligas esportivas estrangeiras. O número de brasileiros que seguem a National Football League (NFL, de futebol americano) quadruplicou na última década, chegando a quase 40 milhões, como mostra a empresa de pesquisa de marketing esportivo Ibope Repucom.


As apostas têm experimentado um crescimento igualmente rápido: em 2022, o Brasil ficou em décimo lugar globalmente, com US$ 1,5 bilhão em receitas brutas de jogos, segundo a Entain, um adas maiores empresas de apostas esportivas on-line do Reino Unido. Em 2021, o Brasil não aparecia nem entre os 15 primeiros mercados globais. 


As receitas brutas totais dos jogos de azar do mercado on-line regulamentado devem crescer para quase US$ 5 bilhões nos próximos cinco anos, projeta a empresa de pesquisa de mercado Vixio GamblingCompliance.


A popularidade das apostas on-line já atraiu empresas multinacionais, como Bet365, a SportingBet LTD da Entain e a Betfair. Mas, até recentemente, a falta de regulamentação impedia muitas estrangeiras de entrar formalmente no mercado.


A nova lei exige que as empresas estabeleçam e mantenham uma presença física no Brasil, e ainda não está claro quais operadores decidirão abrir operações no país. Mas líderes do setor afirmam que a possível chegada de gigantes globais é resultado da formalização do setor, e não de uma tentativa deliberada de expulsar os rivais menores.


— É um dos maiores mercados do mundo, e à medida que é regulamentado e se torna um mercado formal, permite que as empresas entrem e explorem melhor o sistema — disse Wesley Cardia, presidente da Associação Nacional de Jogos e Loterias do Brasil.


Por outro lado, enquanto algumas das maiores marcas da indústria miram o Brasil, empresas menores estão se preparando para a aguda consolidação de um setor que, segundo a consultoria Datahub, atualmente inclui mais de mil operadores de jogos diferentes.


Mesmo temendo que alguns fique fora da corrida, os operadores que ajudaram a lançar o boom dos jogos de azar on-line no Brasil afirmam que não vão desistir facilmente.


— Não temos medo da concorrência porque conhecemos o trabalho que fazemos — disse Henrique — O Brasil tem muitas particularidades, e os apostadores brasileiros são diferentes dos estrangeiros.


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